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Entre lugares

São ruas, avenidas, praças, mercados, terminais, ônibus e feiras. Os lugares estão em toda parte. Alguns artistas vivem de forma itinerante e outros que vivem em pontos fixos. Assim surgem os lugares e não lugares como diz Marc Augé. Espaços e pessoas mudam a todo instante, para eles isso é comum, ficam as vezes alí, as vezes acolá, o importante é cativar o público e saber que a sua arte faz parte de tudo aquilo. Mesmo que não seja todo dia, nem que seja naquele instante. Os lugares são como palcos em que eles se apresentam da forma mais única possível. Mesmo com os carros passando, as pessoas indo e vindo e do tempo fazendo chuva ou sol. Estão lá, expondo seus talentos, mostrando seus dons. Parece uma vitrine onde todos passam, admiram e saem sem levar nada. O povo ri de tanta coragem que esses artistas tem. Dizem que o que fazem, do jeito e do lugar, parece coisa de vagabundo, muitos já ouviram isso, porém, seguem seus rumos em direção a outros lugares. Suas experiências ficam gravadas na mente e os lugares onde passam viram histórias a se contar.

Por onde passamos encontramos eles, porém, não enxergamos. São apenas composição de ambiente.

Por Leonardo Reis

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